sexta-feira, 15 de julho de 2011

Filosofando sobre filosofar



Vou contar-lhes como desenvolvi meu interesse pela filosofia.

Sempre fui uma criança perspicaz, onde percebia tudo que acontecia ao meu redor. Nunca fui uma criança que gostava carrinhos ou bonecos.Eu gostava mesmo era quando meu pai falava sobre invenções feitas por grandes cientistas,como foram descobertas,quem as descobriu,e qual propósito elas nos servem hoje.Isso,era  tudo que interessava-me na época, eu devia ter  uns 10 anos...
Eu, que sempre aprontava, freqüentemente ficava de castigo. E então tinha todo o tempo do mundo para pensar. E eu nunca ficava amaldiçoando meus pais por me deixarem de castigo(como toda criança faz), ou meus irmãos(por quase sempre ficar de castigo por ações dos mesmos)Ao invés disso tudo,eu sempre ficava pensando sobre a vida,a morte, e questionava-me “Por que estamos aqui?Quem nos pôs aqui na terra?Qual motivo?E quem criou Deus?” Eram as perguntas que eu freqüentemente tentava responder quando  ficava de castigo.Certa vez,quando meu avô morreu,perguntei a minha professora, para onde  a gente vai quando morre?Ela Respondeu-me ”a gente vira estrela” Então fiz outra pergunta(capciosa por sinal) -lembro-me até hoje “Se quando morremos viramos estrelas,  então porque ao nascemos não caímos do céu?sabe o que é,é que você me disse que as cegonhas nos trazem.E como pode a gente virar estrela ao morremos?A gente tinha que vir do céu ao nascermos.”Nem lembro o que ela me disse depois dessa.Acho que nessa época eu tinha uns 9 anos.
Aos 12 eu já questionava a existência de Deus. A religião sempre foi meu interesse maior,Nunca engoli ter que seguir coisas escritas em um livro.E nunca entendi por as pessoas têm tanto medo do inferno e almejam o céu,coisas que nem sabem se é de fato,uma verdade...Uma das minhas grandes brigas eram as passagens de gênesis.Quais na minha opinião há coisas impossíveis de terem acontecido,mas isso não vêm ao caso.O universo,Deus,a humanidade;eram bons motivos para eu ficar conjeturando na  aula,enquanto o professor explicava alguma matéria...Ahh,isso eu tenho que contar !! Quando a aula era história,ou matemática.Principalmente matemática,eu odiava contas,mais as histórias que vinham com a matéria,essa sim eu prestava atenção...Tales de Mileto,Arquimedes,Kepler,Newton,Descartes,Nicolau Copérnico, e outros...Interessava-me mais  o lado de observação filosófica deles,do que aprender o cálculo desenvolvido por eles.Eu ficava fascinado com a sensibilidade que eles tinham em perceber pequenas coisas que muitos não viam.Para mim,era simplesmente mágico!!
E é nessa época que começo amadurecer intelectualmente, li vários livros.Desses podendo citar: O  homem que calculava de Malba Tahan ,O triste fim de policarpo quaresma de Lima Barreto e Dom Casmurro de Machado de Assis.Também comecei a “devorar” revistas como:Scientific  American,Super interessante,e Galileu Galilei.Lia tudo que tinha haver com ciência e filosofia.Pouco tempo depois,já com uns 14 anos quando eu ia visitar meus amigos,eu mais conversava com os pais deles do que com os próprios.Ficava discutindo política,religião,e acontecimentos na sociedade.algumas pessoas diziam que eu tinham alma de velho...Mas sem eu perceber, estava muito à frente dos meus amigos...
Então, de 15 para 16 anos, eu comecei uma pesquisa maluca. Comecei a ler a bíblia, certo de que encontraria algum fragmento que comprovasse que o livro era apenas uma mitificação do homem, que de sagrado, só o nome mesmo. De fato,encontrei.Só que percebi que por mais que eu argumentasse não convenceria ninguém,porque além da bíblia,as pessoas acreditavam e acreditam fielmente no que o pastor interpreta da bíblia.Então acabei deixando de lado(não desistindo)do  meu projeto de desmascarar o livro mais antigo do mundo.rs.Com 17,comecei a escrever pequenos ensaios,sobre o convívio das pessoas,sobre relações  amorosas e outras coisas...Comecei também a compor músicas.Foi uma época bem criativa...Mas nada comparava-se com o meu ano de maioridade.Em que eu tive o meu melhor.Estava mais técnico,mais filosófico e mais analítico.Nesse mesmo ano,ganhei um prêmio de redação no qual eu tinha que escolher qual tema dissertar.Escolhi falar sobre alienação,na qual encontrei inspiração em Karl Marx e Friedrich Engels.Há poucos meses eu tinha acabado de ler “O Capital” e outros fragmentos filosófico de ambos.Usei minha observação do assunto com base nos dias de hoje,e usei  Marx como referencial...Usei o seguinte título:Alienação e suas multifaces.E misturei o que eu sabia de melhor,falando de alienação religiosa,política e social.Os três assuntos que passei minha infância e adolescência,questionando-me .Essa conquista,foi o empurrão que eu precisava para decidir o que fazer pós ensino médio.Nesse mesmo ano comecei  a escrever mais,e escrevi conceito de bioética.E reinicializei o estudo da bíblia,e simultaneamente lendo Newton.Que me abriu muitos horizontes,e comecei a ter novas idéias...Mas voltando à bíblia,lendo,escrevi dois pequenos textos chamados:Fanatismo religioso e Gênesis ao pé da letra.No qual se encontram atualmente no meu blog.E mais e mais fui aprofundando-me em ensaios filosóficos que cada vez eu ia desenvolvendo novos conceitos,para mim,e em relação aos outros.
Hoje, vejo que muito foi discutido, e poucas atitudes foram tomadas. Muitos filósofos tentaram e explicaram  alguns fenômenos que acontecem em nosso mundo.E futuramente,espero contribuir com algum ensaio filosófico que eu venha desenvolver...Por que,de alguma maneira,essa é uma coisa a qual estou destinado a fazer.





Guilherme Paulino




Gostou?Comenta aee!Sua opinião é muito importante!!!
Leia outros temas>>>>
E...
Obrigado pela atenção!(:
 

Um comentário:

  1. Ótimo texto,muito bem escrito.
    gostei muito do jeito que você expõe suas idéias.

    ResponderExcluir