segunda-feira, 14 de março de 2011

O Sistema é foda!



 Muitos estavam ansiosos pelo filme tropa de elite 2, e com a expectativa do filme,vieram também muitas especulações.Disseram que a história do filme tratava-se das ocupações da policia nas favelas cariocas, ou seria  mais ou menos como o primeiro;Com palavrões,bordões e muito tiro.E o diretor conseguiu surpreender a todos, mostrando que muitos estavam enganados em relação ao longa- metragem, o filme era totalmente diferente dos assuntos que já foram abordados mas telas brasileiras.
A história do filme é a seguinte:
O Rio de Janeiro está cheio de policiais corruptos, e traficantes. Como o capitão nascimento leva um “golpe” e é tirado do comando do bope, pelo erro do tenente Matias que matou um traficante, não  obedecendo ás ordens do governador.O capitão nascimento é então afastado do comando do bope.Só que é como ele diz” Para as ONGs dos direitos humanos matar um traficante pode até ser um crime,mas para o povo,bandido bom é bandido morto”. E pela pressão popular, o governador acaba nomeado Nascimento como chefe de segurança do Estado do Rio de Janeiro.
Aí  é que a coisa começa a esquentar.Como ele já foi do bope,sabe das necessidades do batalhão.E então ele trata logo de aumentar a tropa do bope.Com o bope fortalecido,então inicia-se a caça aos traficantes,que infelizmente dão a oportunidade para as milícias atuarem. E acabam tornando-se piores que os traficantes. E é agora que começa a parte crítica do filme. Quando aparece o governador, um apresentador de Tv que tem um programa chamado mira geral (te lembra algo?).
Vamos pela minha interpretação dos personagens apresentados pelo diretor. O uso do governador no filme só não vê quem não quer.Ele é a cópia fiel de um antigo governador que tenta sua reeleição quando a “chapa” começa a ficar quente nas favelas,dominadas pelas facções: Comando Vermelho(C.V),Amigos dos Amigos(A.D.A) e Terceiro Comando da Capital(T.C.P).É  nessa época que garotinho(tentando a reeleição)Como proposta de campanha ele vai Estados Unidos,mais especificamente para Nova York,onde aprenderia técnicas de segurança pública.
E enganando à todos,esse antigo governador negligenciava o aumento das favelas,não combatendo o tráfico,sempre adotando a  política.”Eles lá e eu cá”.E os traficantes e milicianos ficando quase imbatíveis.Mas o povo e o governador não se importavam,contanto que governador continuasse com um governo extremamente assistencialista criando:Médico nas escolas(que nunca foram vistos)farmácia popular,restaurante popular e um asfalto de péssima qualidade.E isso sem falar nos constantes acordos que o estado fazia com os traficantes. E ainda teve gente dizendo que o governador do filme era uma crítica ao Sérgio Cabral,na minha opinião,nada haver.Muita falta de observação de quem achou que era uma crítica ao Sergio Cabral .Agora outro personagem:O apresentador do programa “Mira geral” e também deputado estadual.Muitos saíram das salas dos cinemas dizendo que era o apresentador da rede Record,Wagner Montes.E para piorar as “semelhanças”de ele ter um programa e ser deputado estadual.Mais o quê chama realmente a atenção é o nome do programa que ele apresenta,Mira geral.Uma mera coincidência? Ou de fato o diretor quis insinuar que Wagner Montes teve alguma participação nesse esquema todo de milícia e políticos. Hum... na  minha opinião acho que Wagner Montes não teve e nem tem nada haver com esses esquemas aí.Também tenho a opinião que nem o diretor acha que Wagner esteja envolvido com essas coisas.Ele colocou um personagem para causar frenesi, e curiosidade nos demais à irem assistir o filme. E deu certo!Todos saíram do cinema dizendo: ”caramba! Aquele cara do mira geral é igualzinho ao Wagner Montes”E isso foi se espalhando e levando milhares de espectadores ao cinema para conferir se parecia ou não com o apresentador da Record.Uma jogada de mestre feita pelo diretor...
O quê eu achei mais genial nesse filme foi quê;Os palavrões,os tiros,os bordões,e situações engraçadas,são coadjuvantes nesse filme.Dando o papel principal à crítica.Nesse longa o diretor José Padilha gasta todo seu “pente de munição” em prol da crítica.Ele faz duras críticas à policia,aos políticos,a imprensa,as ONGs de direitos humanos  e principalmente ao povo.
No fim do filme, o Capitão Nascimento termina falando coisas que dão a entender que: A culpa da policia e da política está ruim, é toda nossa. E que assistimos a tudo de camarote sem fazer nada. O diretor deixa pista que o terceiro filme está por vir, e que o Capitão Nascimento talvez venha como político, numa tentativa de moralizar a política. Será isso possível?



Guilherme Paulino




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